terça-feira, 8 de abril de 2014

Meu medo Virou Realidade,Maria Bethania Canta Beijo no Ombro.É o fim do Mundo


Depois de Valesca Popozuda , aparecer ( e se sentir  importante) no Faustão e na Ana maria Braga, e agora em prova em Brasilia  (
Uma questão de uma prova de Filosofia, aplicada a estudantes do Centro de Ensino 3,de Taguatinga (DF), chamou a atenção ao ser publicada no Facebook por alunos da escola. A pergunta citava a letra do hit Beijinho no Ombro, da cantora Valesca Popozuda.
A questão contida na prova, aplicada na última sexta-feira (4), para alunos do segundo e terceiro ano do ensino médio, dizia: “Segundo a grande pensadora contemporânea Valesca Popozuda, se bater de frente é: A – tiro, porrada e bomba; B – é só beijinho no ombro; C – recalque;  D – é vida longa”.
A diretoria da escola afirma que o professor tem total liberdade para escolher as questões das provas e que o professor não vai sofrer represália devido ao caso.). Eu tinha medo de Bethania cantar. e não é que meu temor tornou-se realidade.
como
O comediante Gustavo Mendes faz uma ótima interpretação da Maria Bethânia nos seus shows de comédia. Mas não é uma imitação qualquer, e sim um cover do hit “Beijinho no Ombro”, da Valesca Popozuda, na voz inconfundível da baiana.

Meu Primeiro Livro



bons amiguinhos - olga pereira mettig e maria lígia de l. magalhães - 3





Vamos crianças!!! Todos abrindo o livro Bons Amiguinhos!







O texto é mimoso demais!!!!







Aprazível! Uma palavra que já não se usa! Acho que nem sabem mais o que seja!
Uma praia deserta, por exemplo, é tão aprazível, mas faz a linha "morte certa" hoje em dia.

Eu comi tanto Rabo de Tatu!!! Olhos de Perdiz! Empadinha Três Pingos! Adoro



Regina. Aceito parabéns meu aniversário passagem. 









Tomar banho e escovar os dentes. É isso que o povo atualmente tem que fazer com vontade!




Muito bem! !




Muito bom

domingo, 2 de fevereiro de 2014

2 de Fevereiro: Dia de Festa no Mar




2 de Fevereiro: Dia de Festa no Mar 


Foi assim que o baiano-carioca Dorival Caymmi cantou para a Senhora Dona das Águas:
Dia dois de fevereiro (é) dia de festa no mar
Eu quero ser o primeiro a saudar Iemanjá
Escrevi um bilhete a ela, pedindo pra ela me ajudar
Ela então me respondeu que eu tivesse paciência de esperar
O presente que eu mandei pra ela, de cravos e rosas, vingou
Chegou, chegou, chegou afinal que o dia dela chegou(1)

Para nós de “Afrodescendestes em Amai-Vos”, o Dia Dela também chegou!
Apesar de receber homenagem em diferentes épocas do ano, nas datas dedicadas às Iabás (Orixás Femininos) e na virada do ano (no dia 31 de dezembro), em praticamente todas as cidades costeiras do Brasil, independentemente da fé religiosa de cada participante, o dia 2 de fevereiro é louvado como o “dia de Iemanjá”.
E essa louvação, como um “presente para Iemanjá”, surgiu na Bahia. É uma idéia que teria vindo de um pescador, para reviver a festa do Rio Vermelho, devido a problemas de “sincretismo” que a igreja católica não admitia(2) e (3). Os pescadores, então, decidiram dar um presente à Mãe d´Àgua, no dia 2 de fevereiro. Mas precisavam da ajuda de alguém que conhecesse bem o culto da Mãe d’Água. Os pescadores acorreram a Júlia Bogun, Mãe-de-Santo do candomblé. Ela explicou como deveria ser um presente para Iemanjá, de acordo com o preceito africano. Pediu que fossem comprados um balaio grande, uma talha de barro, flores e fitas nas cores do Orixá: branco e azul. O presente foi levado para a Casa do Peso e depois encaminhado ao mar.
Foi assim que a partir da década de 1930 houve a ascensão do Presente da Mãe d’Água que só recebeu a denominação de Festa de Iemanjá na década de 1960 e se espraiou por todo o Brasil.

Ìyáàgbà ó dé iré sé
A kíì e Yemonja
A koko pè ilê gbè a ó yó
Odò ó fí a sà
Wè rè ó
A velha mãe chegou fazendo-nos felizes,
Nós vos cumprimentamos Iemanjá,
A primeira que chamamos para abençoar a nossa casa e nos encher de satisfação.
Usar o seu rio que escolhemos para nos banharmos, pois o rio que escolhemos é o que usas para o seu banho.(4)
Iemanjá é uma dentre as divindades do panteão africano: Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja, Iemanjá ou Yemoja. Seu nome deriva da expressão na língua Iorubá "Yèyé omo ejá" ("Mãe cujos filhos são peixes").
Em sua origem africana, Iemanjá é representada como mulher adulta, sendo filha de Olóòkun - Orixá do Mar.
Yemoja é Orixá da nação Egbá, na Nigéria, onde existe um rio com o mesmo. É Orixá que representa a criação efetivada, sendo responsável pela fertilidade, fecundidade, abundância. Seu culto tem relevo nas religiões de matrizes africanas, na medida em que a iniciação dos/as adeptos/as (Bori) é dedicada a esse Orixá. É assim que ela é a Mãe de todos os Orixás.
Conforme Pierre Verger, seu culto inicialmente era feito na região entre Ifé e Ibadan, "onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações Yorubás levaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX, onde passou a ser cultuada em outro rio... O principal templo de Iemanjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeukutá. Os fiéis desta divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, numa fonte de um dos afluentes do rio Ògùn, o rio Lakaxa. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta, vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará."(5)

O culto à Iemanjá e aos demais Orixás foi trazido para as Américas pelos africanos escravizados, muitos dos quais eram sacerdotes nas nações do continente africano. Ao se defrontarem com a realidade das novas terras, para onde foram levados sem direito de escolha, sacerdotes e sacerdotisas tiveram que fazer adaptações aos costumes rituais para dar continuidade ao culto aos Orixás. Despojados pelo tráfico explorador de mão-de-obra, negros e negras chegavam com o único bem, com o qual agüentaram as agruras da travessia do Oceano Atlântico: suas lembranças e a fé que tinham nos Orixás, nos Ancestrais.
Quando comparamos as histórias contadas oralmente, pode-se constatar que os métodos utilizados foram praticamente os mesmos em lugares muitas vezes muito distantes entre si. O sincretismo foi um dos modos que o povo negro encontrou para se proteger e poder cultuar seus Orixás.
Os “senhores” vendo seus escravos dançarem de acordo com os seus hábitos e cantarem nas suas próprias línguas, julgavam não haver ali senão divertimentos de negros nostálgicos. Na realidade, não desconfiavam que o que eles cantavam (...) eram preces e louvações a seus orixás, a seus vodun, a seus inkissi.
Quando precisam justificar o sentido dos seus cantos, os escravos declaravam que louvavam, nas suas línguas, os santos do paraíso [da igreja católica]. Na verdade, o que eles pediam era ajuda e proteção aos seus próprios deuses.
Não se pode afirmar que já se tratava de sincretismo entre os deuses da África, por um lado, e os santos católicos, por outro, pois, no século XVIII, as características das divindades africanas eram ainda desconhecidas dos senhores e do clero português, enquanto os escravos não podiam também conhecer os detalhes da vida dos santos.
As primeiras menções às religiões africanas no Brasil são (do ano) de 160, por ocasião das pesquisas do Santo Oficio da Inquisição, quando Sebastião Barreto denunciava o costume que tinham os negros, na Bahia, de matar animais, quando de luto... Para lavar-se no sangue, dizendo que a alma, então, deixava o corpo para subir ao céu.
(...) É difícil precisar o momento exato em que esse sincretismo se estabeleceu. Parece ter-se baseado, de maneira geral, sobre detalhes das estampas religiosas que poderiam lembrar certas características dos deuses africanos.(6)
Na “Santeria” cubana ou “La Regla Lucumí”, que funde crenças católicas com a religião tradicional africana, essa ligação de Orixás e Santos chega a se confundir, a ponto de os fiéis dizerem se tratar do mesmo Santo, tanto para a Santeria, como para a igreja católica. Nesse caso, Yemaya vem a ser a representação da "Virgem de la Regla" padroeira dos cubanos ou a Black Madonna, a Nossa Senhora negra homenageada em vários países.(7)
No Brasil, Iemanjá é cultuada de Norte a Sul, de formas diferentes. É importante o exemplo do Nordeste onde a religião dos Egbá, também chamada Nagô-Egbá, Xangô do Recife ou Xangô do Nordeste, tem como Orixá principal Iemanjá, por ser a mãe de Xangô, como patrono da nação.  Assim teve origem o Maracatu, onde a dança, executada com as Calungas tem caráter religioso e é obrigatória na porta das igrejas, representando um "agrado" a Nossa Senhora do Rosário e a São Benedito. Quando o Maracatu visita um terreiro homenageia os Orixás.
A associação que se faz de Iemanjá com Dona Janaína (branca), sereia de tantas lendas e histórias, tem origem nas mesmas referências da Bahia que deram origem às homenagens no dia 2 de fevereiro. Deve-se observar que o Orixá Iemanjá não tem qualquer referência com a volúpia das sereias das lendas européias ou mesmo com Iara (ou Mãe-D'água), figura mitológica difundida entre os indígenas. Sereias têm a origem nos mitos e lendas ocidentais cuja aparência nada tem a ver com Iemanjá cultuada em qualquer um dos países da Diáspora Africana.
Nos vários estados brasileiros, o dia 2 de fevereiro homenageia Nossa Senhora dos Navegantes (RS); Nossa Senhora da Candelária (madroeira de Indaiatuba – SP); Nossa Senhora das Candeias; Nossa Senhora da Luz; Nossa Senhora da Purificação;(8) Nossa Senhora d’Ajuda (Itaporanga – SE); Santa Maria Madalena (madroeira União dos Palmares – AL); Nossa Senhora do Bom Conselho (madroeira de Arapiraca - AL) e, possivelmente, ainda mais...
São conhecidas e concorridas as procissões e entregas de presentes a Iemanjá, em Salvador – BA, no bairro do Rio Vermelho(9); no Rio de Janeiro: o presente a Iemanjá da Casa de Cultura Estrela d´Oyá; o presente e a procissão organizada pela IRMAFRO (Irmandade de Cultura e Religiões Afro-Brasileira do Rio de Janeiro) em Sepetiba, bairro do Rio de Janeiro – RJ, desde 1994.
A procissão de Sepetiba, iniciada por Paulo de Oxossi, é, atualmente, coordenada por Pai Renato de Obaluayê. Mesmo antes de falecer, em 2003, Paulo de Oxossi havia passado a condução da IRMAFRO a Pai Renato de Obaluayê, que deu continuidade ao Presente e à Procissão em louvor a Iemanjá, com a colaboração de Babalorixás e Yalorixás (do Rio de Janeiro e de outras cidades), com reconhecido destaque para Mãe Miriam d´Oyá.
Ainda no Rio de Janeiro são conhecidas: a carreata até a Praia de Copacabana, por iniciativa do Mercadão de Madureira e a celebração do Barco de Iemanjá, por iniciativa da Congregação Espírita Umbandista do Brasil – CEUB.


Com a saudação a Iemanjá, “Odoyá”, que reafirma ser Ela a mãe, a senhora (Yá) do rio (Odo), as autoras desejam a cada um/a que vier a ler este texto, em qualquer tempo, a serenidade, a fartura e a sabedoria dos rios que não se intimidam diante de obstáculos.
__________
* Jurema Oliveira - também conhecida como Egbomi Jurema D'Oxum, por sua iniciação ao culto de religião de matriz africana – é da cidade de São Paulo (SP), onde nasceu, em 1948. Atuou na Umbanda por dez anos, após o que fez sua iniciação no Candomblé (1978). Na linha da ancestralidade, é filha do Babalorixá Adel de Logun Edé, neta de João da Oxum e bisneta de Vavá de Bessem. O falecimento de seu Babalorixá (1981) fez com que Jurema D´Oxum fizesse obrigação com a Iyalorixá Mãe Nitinha da Oxum, no Rio de Janeiro (1982) e OduIjê (1986). Desde 1989 os Orixás foram “morar” com Egbomi Jurema, em sua casa, em São Paulo. Como iniciada e formada, Egbomi Jurema faz todas as obrigações internamente e atende as pessoas com consultas de Jogo de Búzios. Desde 1996, vem se dedicando à pesquisa das religiões afro-brasileiras e da diáspora africana e atuando na divulgação desses conhecimentos através da Internet http://orixas.sites.uol.com.br/index1.html, http://pt.wikipedia.org/wiki/Candomble, dentre outros.
** Ana Maria Felippe – carioca; pós-graduada em Filosofia da Ciência (UFRJ), Coordenadora de Memorial Lélia Gonzalez e responsável pela seção “Afrodescendentes”, em “Cultura e Religião” de Amai-vos. Contato: anafelippe@leliagonzalez.org.br
__________
(1) Música “Dois de Fevereiro”, de Dorival Caymmi
(2) Antonietta de Aguiar Nunes. Historiógrafa do Arquivo Público do Estado e Professora Assistente de História da Educação na FACED/UFBa. Disponível em <http://www.faced.ufba.br/~dept02/calendario/yemanja.html> Acesso em: 31 jan. 2010.
(3) COUTO, Edilece S. (Universidade Federal da Bahia). Festejar os Santos em Salvador: Regras Eclesiásticas e Desobediências Leigas (1850-1930). Disponível em <http://www.uesb.br/anpuhba/artigos/anpuh_II/edilece_souza_couto.pdf> Acesso em: 31 jna. 2010.
(4) PESSOA DE BARROS, J. F. . O Banquete do Rei - Olubajé. Uma introdução à música sacra afro-brasileira. 1. ed. Rio de Janeiro: UERJ, INTERCON, 1999. 184 p.; p. 116
(5) VERGER, Pierre Fatumbi. Orixás. Bahia: Corrupio, 2002. 295 p. Disponível em <http://www.scribd.com/doc/6898406/Pierre-Verger-Os-Orixas-pdf#> Acesso em: 31 jan. 2010. Para muito mais sobre Pierre Verger: http://www.pierreverger.org /
(6) idem, ibidem.
(7) Disponível em <http://en.wikipedia.org/wiki/Black_Madonna> Acesso em: 31 jan. 2010
(8) Para saber mais, vale visitar o conteúdo disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Luz> Acesso em: 31 jan. 2010
(9) Ao contrário do sincretismo, a festa do dia 2 de fevereiro dedicado à N. Sra. das Candeias, na liturgia católica, é a única grande festa religiosa baiana que não tem origem no catolicismo e sim no candomblé.

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

476 - MEYER - LEBLON - ACENOURADO



476 – MEYER – ACENOURADO
Hoje  foi dia de ir  ao dentista no Leblon,  e toada vez na  volta para casa, pego o ônibus na Afrânio de Melo Franco, 55 – Leblon

 

Sempre fico receios, pois faz parada neste ponto o Ônibus 476 – MEYER -Leblon, (sem preconceito) – MEYER e descer um bando de Pivete de cabelos “ACENOURADO” se é que você me entende. Sempre fico apreensivo. Mas sempre acho que é implicância, Hoje tive a confirmação que não é só implicância. Estava  eu  no ponto de ônibus, esperando o que  eu iria embarcar (que não era o 476), Es que para o 476 – MEYER- Leblon no ponto do Ônibus e desce dele um bando formado por 7 “ACENOURAOS” , dois passaram pela  minha frente e o restante do bando por trás de , o da minha frente faz  sinal para o restante  do bando e me cercaram , o ônibus (476  MEYER) esta parado com a porta dianteira aberta, eles meteram a mão no meu cordão arranhando meu pescoço para arrancar o cordão de ouro (verdadeiro – hehehe ) do meu pescoço, num ímpeto ((Sinônimos:  arrebatamento   anagogia   arroubo   encantamento   enlevo   entusiasmo   excitação   êxtase   focagem   furor   ímpeto   incandescência   ira   raiva   rapto   rompante   transporte   arremesso   acometida   acometimento   ameaça   arremetida   arrojo   assalto   assomos   ataque   investida   jacto   lançadura ) me joguei dentro do ônibus ( 476 – MEYER – ACENOURADO ), eles retornaram para dentro do ônibus ( 476 – MEYER – ACENOURADO) onde eu estava, o motorista  com fone de ouvido, não ouvia o pedido do Cobrador para fechar a porta dos fundos, num ímpeto ( lindo isso NE) , arranquei o fone de ouvido do Motorista do ônibus ( 476 –MEYER ACENOURADO) , e mandei-oele fechar a porta, os ACENOURADOAS , me mandarameu descer do ônibus.. lógico não desci, ( não sabia que o ônibus -476 MEYER ACENOURADO) seria o meu refugio naquele momento. Os  ACENOURADOS  ficaram irados, desceram do COLETIVO, tentando quebrar o vidro da porta da frente para entrar, atirando pedras, ( Gente, tudo isso por  minha causa ...). Enfim o ônibus ( 476- MEYER ACENOURADO) , deu a partida, esperei entrar em outra  rua, e puxei o sinal , por receio de eles os ACENOURADO cercar o ônibus , pois ele circular.Não tive  condições de  apanhar outro ônibus, pois  se entrasse  qualquer  ACENOURADO ( mesmo sendo inocente) eu iria gritar e dar um surto, ai eu seria preso por descriminação e Bulling., entrei em um taxi, coloquei a mão em meu pescoço pos estava  arranhado, para minha  surpresa o cordão de ouro (VERDADEIRO) estava em pescoço inteiro . Foi só o susto.
De acordo com o motorista do ônibus, que pediu para não ser identificado, os assaltos na linha são uma rotina no retorno da praia durante o verão.
Obs:
Em seguida, o grupo quebrou a porta de trás do coletivo, saiu e passou a assaltar pedestre..

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

FOLIA DE REIS

FOLIA DE REIS
Depois de mundo tempo, esta  semana estava eu ,pela  manha, como um Lagarto tomando sol pela manha, pois acordei com dor  de dente, as 7 da manhã, e fui para o sol pois  a noite, fez um calor muito grande.Ao longe ouvi uma barulho de fanfarra, fuia até  ao portão, qual  a minha surpresa, vi uma  folia de reis, a muito tempo que  eu vão via. Na minha infancia ( meu Deus,  como faz tempo),quando  aparecia uma pelo bairro, nós crianças na   epoca, tinhamos  de sair  correndo para dentro de casa, pois falavam que eles(integrantes  do grupo) roubavam a s crianças  colocando dentro de sacos.
Ai que  saudades desses medos.
Mas vamos ao que interessa.
A folia pretende reproduzir a viagem dos Magos a Belém, ao encontro do Filho do Homem.
Os foliões partem à meia-noite, no Natal – quando os Magos
teriam recebido o misterioso aviso – e encerram a sua jornada no dia dos
Reis.
No Rio de Janeiro (RJ), estendem até o dia 20 de janeiro, dia de São Sebastião.
Há, assim, duas fases da jornada. A primeira, a dos Reis, que
vai até o dia 6 de janeiro, assinala-se pela presença dos Magos na
bandeira, o estandarte da folia. A segunda, do sai 7 em diante, exige o
acréscimo de uma estampa de São Sebastião ao lado da dos Magos. Os
cânticos da folia são às vezes diversos em cada fase, aproveitando os
mestres, na primeira, os motivos bíblicos da Adoração, da Visita dos
Reis, da Fuga para o Egito etc., e na segunda, de acordo com a tradição
católica popular, tocada pelas concepções correntes nas macumbas
cariocas, os padecimentos de São Sebastião.
A folia apregoa o nascimento de Cristo e, teoricamente,
dirige-se a Belém, para adorar o Menino, mas os soldados de Herodes – os
palhaços – tentam desviá-la do caminho apontado pela Estrela do
Oriente.
Parece que, no interior, a folia passava todo o tempo da jornada
pelas estradas, cantando e folgando em casas amigas, em constante
peregrinação. Na região estudada, Estado do Rio, porém, as folias saem
apenas aos sábados, domingos e feriados, comparecendo os foliões,
normalmente, ao trabalho, nos demais dias do período.”
Trecho do livro FOLIA DE REIS, de Zaíde Maciel de Castro e Aracy do Prado Couto,
da coleção “Cadernos de Folclore”, editado pelo Ministério da Educação e
Cultura e pela Fundação Nacional de Arte (Funarte) – 1977.

O reisado foi introduzido no
Brasil-Colônia pelos portugueses no século XIX. É um espetáculo popular
das festas de Natal e Reis, cuja ribalta é a praça pública, a rua, mas,
às vezes, pode ser apresentado em residências.
Folia de Reis, ou Reisado, ou ainda Terno-de-Reis, constitui um
dos mais originais folguedos folclóricos. É uma folia conhecida em Minas
Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo, No
interior é uma dança do período natalino em comemoração ao nascimento do
Menino Jesus e dos Reis Magos Gaspar, Melchior e Baltazar, que levaram
ouro, incenso e mira, que representam as três dimensões de Cristo
(realeza, divindade e humanidade).
Esta festa tem origem primária na Festa do Sol Invencível,
comemorada pelps romanos e, depois, adotada pelos egípcios. A festa
romana era comemorada no dia 25 de dezembro (calendário gregoriano) e a
egípcia em 6 de janeiro. No século III ficou estabelecido que no dia 25
de dezembro se festejaria o nascimento de Cristo e, em 6 de janeiro, o
dia dos Reis.
A característica principal do reisado está no uso de muitos
adereços, tajes com cores quentes e chapéus ricamente enfeitados com
fitas coloridas e espelhinhos.
O reisado é composto de 4 a 6 mascarados que dão vida,
hilaridade e rebuliço à brincadeira. Eles também devem proteger o Menino
Jesus e confundir os soldados de Herodes. Acrobatas e declamadores,
representam os soldados perseguidores do Menino. O reisado tem ainda:
rei, mestre-sala, alferes, a burrinha, o boi, o Jaraquá, a arara, o
caipora, a ema, etc. Muitos outros personagens podem aparecer,
dependendo da região em que esta festa é realizada. Todos acompanham uma
bandeira, estandarte da folia, um quadrado de madeira com a Adoração
dos Magos, ornamentada com flores e espelhos, carregada pelo alferes.
Uma orquestra de violas, banjos, violões, zabumba, triângulo,
pandeiros, maracás e sanfonas pulsam na regularidade de um organismo.
Seus acordes servem de orientação as vozes e ordenam a evolução do
espetáculo. O tempo da toada é circular, um convite ao desprendimento
mundano e a busca de uma aliança com o divino. A paleta acorda o
cavaquinho para ressoar um som que deve agradar o ouvido dos santos. A
história narrada por intermédio de cantos são contadas por um solista e
um corro responde a ele uníssono por repetidas vezes. Os cânticos de
chegada e de despedida, são os mais belos da música folclórica
nordestina:
"Bateu asa e canto o galo
Meia-noite deu sinal
Acendeu mais ume vela
Hoje é noite da natal
etc.
Boa-noite, boa-noite
Boa-noite eu lhe desejo
Sou filho do Padre Eterno
Devoto da Mãe da Deus
Vinte e cinco de dezembro
Reza-se e ladainha
Pra tomar café com bolo
E comer arroz com galinha".

Todos os integrantes da Folia de
Reis, interpretam e contam suas histórias, tanto serpenteando as
estradas no interior, como as praças urbanas. Esta é uma expressão
máxima de religiosidade e devoção.
O bando de foliões ainda, na região rural, batem de porta em porta
brindando os amigos com sua energia e contagiante alegria, além do
espetáculo, é claro, que se constitui de uma peça teatral cantada, com
entremeios cômicos. Depois, os integrantes do reisado, em uma onda
desordenada, vão espraiando-se pelas ruas. Na desordem deste delirante
entusiasmo, vislumbra-se uma alegria carnavalesca. É um espetáculo
excitante!
GERENTE – Porta-voz e administrador da Companhia . Autoridade máxima ,
se responsabiliza pelo dinheiro arrecadado e presta contas do mesmo .
Pode ou não pertencer ao elemento coreográfico e musical da Folia .
MESTRE OU EMBAIXADOR (COM VIOLA)- É o cantador dos versos . Cantam a
história bíblica da visita dos Reis Magos à Gruta de Belém .
BANDEREIRO (ALFERES) – É aquele que leva a bandeira . Existe o titular ,
pois qualquer pessoa pode , eventualmente , exercer a função cumprindo
uma promessa ou devoção . A bandeira é o ícone da Fé dos foliões . O
bandereiro encabeça o cortejo e ninguém deverá ultrapassa-lo . Ele é a
autoridade espiritual e sempre é uma pessoa muito respeitada na
comunidade .
DOIS PALHAÇOS – São os guarda da Companhia As suas momices e caricaturas
têm a intenção representativa de desviar a atenção dos soldados do rei
Herodes da pessoa do Menino Jesus. Movimenta-se livremente , porém nunca
deverá passar a linha do bandereiro .
Joaquim Neves explica a presença dos palhaços na Folia de Reis: "Quando
os Reis viram e estrela, já estava anunciando que quando aparecesse a
estrela seria o nascimento de Cristo, então eles foram à procura do Rei
Messias. Chegando na Judéia foram encontrar com Herodes, a estrela
desapareceu. Conversando com Herodes, e perguntaram sobre o Menino, mas
ele disse que não sabia, que se achassem o Menino, que o avisassem que
ele iria visitá-lo. E para os Reis serem salvaguardados, mandou dois
soldados junto. Mas os soldados (era para matarem o Menino) não viram
nada, porque a estrela desapareceu. Depois, os Reis já guiados pelo anjo
resolveram voltar por outro caminho, e daí os soldados perceberam que
se voltassem para Herodes sem ter encontrado o Menino iam ser degolados;
então, viram que era melhor ir junto com os Reis, e seguiram com eles,
acreditando também em Jesus."
A presença dos palhaços portanto, tem fundo religioso, a conversão dos
soldados de Herodes, o que aliás é comum nas Folias de Reis de outras
regiões; entretanto, a despeito da conscientização do aspecto religioso,
sua participação na maioria das vezes é humorística ou pelo menos
alegre. E
Joaquim Neves acrescenta: "O palhaço é um pidão por excelência. Quando o
grupo chega numa casa, já vão os palhaços pedindo tudo: uma abóbora que
está guardada num canto, fósforos, réstia de alho, uma galinha…O dono
da casa, que não vai muito na lábia deles, em troca e também como
condição para atender os pedidos, pode exigir que os dois façam alguma
coisa, por exemplo, uma briga entre gato e cachorro, e assim começa o
divertimento dos palhaços. Em geral, os palhaços sabem cantar versos
humorísticos, chamados décimas."
Quanto ao Mestre ou Embaixador, tem origem no fato de que a primeira
parte de algumas cantorias é ele quem faz, em solo, sendo esses versos
iniciais chamados de "embaixada". Depois dessa inicial, "puxada" pelo
embaixador, o restante da cantoria é feito pelo contra-mestre e os
demais participantes (excetuando-se os que têm função apenas
instrumental), e a isso se diz "responder", completando assim a estrofe.
No final de cada estrofe, há um canto prolongado, feito pelo "quinta
voz" (que pode ser um menino, de voz aguda).