domingo, 6 de novembro de 2011

O Jardineiro cego

O Jardineiro Cego.

Havia um rapaz cego que cuidava do jardim de sua residência numa cidade pequena. Plantava muitas flores e cuidava do seu jardim com todo zelo e dedicação. Vivia a vida com os seus familiares e plantava rosas, margaridas e outras espécies de flores no jardim de casa. Vivia triste, muito triste, pois achava que ninguém gostava dele e  todos ao seu redor o tratavam muito mal, não o compreendiam então este jardineiro resolveu que iria sair ao mundo plantando flores para alegrar a todos que passassem por estes caminhos e quando os seus familiares o procuraram ele havia partido sozinho.
Saiu a plantar flores por onde passava derramando todo o seu amor e sua alegria e em todas as estradas e em todos os caminhos ele plantava as flores de beleza sublime e de amor indescritível. Após três meses de viagem plantando flores resolveu que era hora de retornar para casa e trilhou o mesmo caminho de volta constatando que todas as flores que plantou estavam destruídas ou com praga. Não teve um caminho que as flores estivessem a embelezar o ambiente e o jardineiro ficou muito triste e ao chegar a sua casa tudo estava do mesmo jeito de seis meses atrás. Estava toda limpa e o jardim bem cuidado com flores de todas as espécies e os seus familiares ao avistá-lo fizeram a maior festa com toda alegria e todo amor do mundo. O rapaz  não sabia o que falar e sentiu-se muito mal julgara os familiares e todos que ele achava que não gostavam dele que não admiravam a beleza do seu jardim, o perfume das flores e abaixou a cabeça e ao reflexionar a sua caminhada os seus olhos espirituais foram abertos e ele enfim pode enxergar que o cego e o ingrato era ele mesmo, pois não se permitia enxergar  as outras pessoas como elas são com as suas imperfeições e suas limitações. Não conseguia ver a bondade que estava ao seu redor a te acolher com todo amor e toda atenção. Entendeu enfim que para ser feliz não era preciso plantar flores no jardim do mundo, mas regar as flores plantadas no seu jardim, que deveria abrir os olhos espirituais e derramar todo o seu amor sem cobranças e nem espera de elogios. Que amar e acolher a tudo e a todos fazia parte do trabalho do jardineiro, separar as flores em espécies e arrancar as plantas daninhas que iriam prejudicar o desenvolvimento e a belezas das flores. Que cuidar é amar e amar é atenção e respeito com tudo que se encontra ao seu redor.
Irmãos, devemos todos nós fazermos as nossas plantações de flores no nosso ceio familiar primeiramente e no nosso círculo de amizade para depois de uma plantação resistente e bela enraizada num terreno fértil partirmos para plantações nos caminhos da vida, pois já teremos sementes resistentes a todas as adversidades dos caminhos e a chance destas flores brotarem e darem mais flores serão mais reais, só nos restando a todos que continuem regando as flores, pois se deixarmos de regá-las todas secarão. O trabalho não consiste em apenas plantar e sim em plantar e regar eternamente.
Que possamos plantar e regar flores em todos os nossos caminhos.

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