Costumo
sempre ir ao SPOLETO do LARGO DO
MACHADO. Pois bem este Domingo fui
eu jantar. Chegando lá já vi que a
bancada estava suja.Os ingredientes misturados.Funcionarios com seus unifornes
sujos, calças na metade da bunda aparecendo a marca da cueca da rua da alfândega
(10 por 3 reais), sem touca na cabeça, sem luva. E as gargalhadas com
outros funcionário sem dar atenção ao
clinte.
Decidi mesmo assim fazer meu pedido. Vendo que dentro do recipiente (panela)
onde se aquece a massa, estava com resíduo da ultima refeição, pedi ao
funcionario para retirar o residuo, ele insistiu que não havia, depois do terceiro pedido( já com medo que ele me atirasse a panela na
cabeça) ele foi dentro da cozinha para
lavar a panele, fiquei de olho para ele não cuspir na panela ( lembrei de
minha amiga Sylvia),acredito que ele não
tenha cuspido, pois não me quis apegar em ¨PEQUENOS detalhes¨.Pedindo como sempre para gratinas (pagando à mais por
esse serviço) me foi informado que o forno estava desligado,com medo da
resposta nem insisti.Lembrando que metade do ingrediente que eu pedia não tinha...
Mas o Spoleto, rede de
fast food que tem massas como base e a possibilidade do cliente colocar seu
toque pessoal no cardápio (combinando um número x de ingredientes ao molho e à
massa), pisou feio na bola.
Como podem ver, no site o Spoleto
afirma que eu sou a cara da rede. Well... Uma das demonstrações mais simpáticas da Missão do
Spoleto "Satisfação em servir felicidade" era podermos nos servir
regiamente do queijo ralado sobre as massas. Assim, obedecendo a um ritual
prazeiroso que antecipava a degustação do prato, polvilhava o queijo ralado,
aerado, delicado sobre o molho que deliciosamente adornava a massa escolhida e
os ingredientes que improvisamos para dar o toque pessoal.
De repente, o ritual foi substituído pelo lixo padronizado, estilo blergh food.
Sachezinhos de um queijo ralado horroroso, da marca Teixeira, grosso,
embalado em papel poluidor e, suprema indelicadeza, cobrado (R$ 0,50 a
partir do segundo sachê de queijo infernalmente ruim)!! Ou seja, para reduzir
custos de maneira estúpida, aviltante, mesquinha, o cliente que se acostumou
com a gentileza do detalhe é forçado a
aceitar um sachê, certamente criando um certo constrangimento à loja Spoleto.
Seja pela estranheza, seja por atrapalhar a logística do negócio.
Pois bem, uma vez que o queijo ralado foi embalado em lixo (não me conformo nunca com algo que
pode ser servido a gosto virar produto embalado com destino à lixeira), o
Spoleto antes identificado como rede politicamente correta, que nos permitia a
graça de comer com pratos e talheres não-descartáveis, agora resolveu ser visto
como rede produtora de lixo. Será que futuramente teremos de comer com pratos e
talheres de plástico?
Aquilo que era natural foi transmutado em lixo, tal e qual os estúpidos 2
micros guardanapos embalados dos Mac
Donalds da vida (para economizar guardanapo, transforme-os em veículos de lixo
não biodegradável. Coloque-os em PLÁSTICO!). É decepcionante. Em plena época de
busca por respostas e soluções contra o aquecimento global o Spoleto julga-se
no direito de economizar caraminguás e nos forçar a aceitar lixo para
complementar o prato. O queijo ralado virou plástico, papel ou sabe-se lá que
material tóxico o embala. E pior, queijo sem sabor, rude, sem paladar, capaz de
ofender o equilíbrio do prato que ousamos conceber.
Perdeu-se o encanto. O Spoleto resolveu pensar apenas em custos e não em
clientes. E eu, claramente terei de procurar alternativas. Talvez trazer queijo
fresco de casa, talvez exclamar meu inconformismo no meu blog. Talvez deixar de
visitar as lojas e experimentar meu toque pessoal.
E
ainda ganhou selo de EXCELENCIA.
Pode parecer um detalhe irrelevante para um post. Pode parecer uma frescura
minha. Mas prefiro exclamar minha contrariedade nesses tempos idiossincráticos.
Relacionamento com o cliente não pode ser simplesmente visto sob a ótica do
corte de custos. Relacionamento é feito de detalhes, de rituais, de cuidados.
Propaganda sustentável defende isso. Tive de ficar contrariado ao ver o
desplante com que o Spoleto afirma no site e em comerciais de TV que é "do
meu jeito" ou "que tenho a cara dele". Não é a cara do sachê de
queijo ralado. Definitivamente não.
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