segunda-feira, 13 de maio de 2013

Quem merece morrer na reta final de 'Salve Jorge'

Maria Vanúbia (Roberta Rodrigues) descobre que foi traficada e faz escândalo
A novela de Gloria Perez (finalmente) chega ao fim na próxima sexta-feira e, diferentemente da pop Avenida Brasil, a maioria de seus personagens tende a cair no esquecimento, em vez de conquistar um lugar cativo na memória afetiva dos noveleiros de plantão.
ENQUETE: Quem deve morrer na reta final de 'Salve Jorge'?
Seja pela chatice, pela construção equivocada ou até pela insignificância no roteiro, muitos personagens não merecem ver os créditos subirem no capítulo final da novela. O mocinho Theo (Rodrigo Lombardi) é um deles, por ter cansado o público feminino com a sua personalidade infantil -- para não dizer mimada -- e pelo sentimentalismo excessivo. A vilã Lívia (Claudia Raia) também entra nessa lista, mas não por causa das maldades que praticou como chefe da quadrilha de tráfico de pessoas, e sim pela interpretação robótica e artificial dada por Claudia Raia à psicopata.

'Salve Jorge': look pijama de Helô é cilada fashion da novela
Há também a ala (e que ala) de tipos que nem deveriam ter sido criados, dada a insignificância das suas participações no roteiro de Gloria Perez. Essa lista é encabeçada por Irina (Vera Fischer), personagem que virou piada na internet depois de varar a novela sentada atrás do balcão da boate do mal em Istambul.








Maria Vanúbia (Roberta Rodrigues) vai entrar em briga com Wanda (Totia Meirelles), que tenta convencê-la a ir para a rua de prostituição em Istambul


Quem merece morrer na reta final de 'Salve Jorge'

 

 A agenciadora do tráfico de mulheres não merece morrer por ser mau-caráter e alimentar o crime. Não se sabe se é o o salto alto, o vestido elegante ou a má construção da personagem que fez Claudia Raia dar uma interpretação artificial e robótica à vilã. Lívia deveria desaparecer da novela e levar junto com ela uma das piores atuações da carreira de Claudia Raia.

 

 

Aisha (Dani Moreno)

Aisha (Dani Moreno) tinha potencial para chamar atenção para o drama que circunda o tráfico de bebês. A mocinha é filha adotiva de Berna (Zezé Polessa) e Mustafa (Antonio Calloni) e se dedicou, ao longo da trama, exclusivamente a encontrar sua mãe biológica. Mas, quando descobriu que era filha da costureira Delzuite (Solange Badim), moradora do morro do Alemão, não titubeou em rejeitá-la por ser pobre. A patricinha merecia morrer – ou nem ter nascido –, assim poupava a novela de (mais) essa incoerência no roteiro. 








THEO - Rodrigo Lombard



 
Era para ser o mocinho mais desejado pelo público feminino de todos os tempos – e o eu romântico da música açucaradíssima Esse Cara Sou Eu, de Roberto Carlos --, mas Theo não passou de uma caricatura mal acabada do arquétipo do príncipe encantado. De caráter pouco consistente, o personagem de Rodrigo Lombardi decepcionou as espectadoras ao hesitar em muitas situações em que deveria ter encarnado o macho arrebatador de corações. Ao mesmo tempo em que exigia uma postura moral rígida de Morena (Nanda Costa), Theo se envolveu com nada menos do que três outras mulheres ao longo da trama. Uma delas, inclusive, foi Márcia (Fernanda Paes Leme), melhor amiga de sua ex-noiva Érica (Flavia Alessandra). Isso sem falar que Theo é um dos únicos homens, pelo menos em novelas, que gostam mais de discutir a relação do que a mulher.  Depois de tantos escorregões, Theo merece morrer pela chatice e, dessa, nem São Jorge poderá salva-lo


Bianca (Cleo Pires)

Se Lívia exagera na pose robótica, Bianca (Cleo Pires) irrita pelo motivo oposto. A brasileira, que vive um triângulo amoroso com Zyah (Domingos Montagner) e sua esposa, Ayla (Tânia Khalill), se esforça demais para parecer sexy e conquistar o guia de turismo, abusando de caras e bocas à la Angelina Jolie – talvez isso explique a mudança no visual de Cleo que, para compor a personagem, clareou mechas no cabelo, assim como a celebridade de Hollywood. O público também não quer dar um final feliz à personagem, pelo menos, não nos braços de Zyah: 70% das pessoas que responderam a uma enquete realizada no site oficial de Salve Jorge preferem que o guia de turismo fique com Ayla no último capítulo da novela.


Maitê (Cissa Guimarães)

A confidente da desmiolada Bianca (Cleo Pires) é mais um dos personagens caricatos de Gloria Perez. A designer de joias Maitê faz o tipo da amiga alegre, sempre com um sorriso no rosto, por vezes artificial demais, o que, para Cissa Guimarães, não foi um problema, já que a atriz praticamente reencarnou a apresentadora espevitada do Vídeo Show que a consagrou nos anos 80 e 90.


Coronel Nunes (Oscar Magrini)

O chefe do mocinho Theo (Rodrigo Lombardi), Coronel Nunes (Oscar Magrini), foi elogiado por coronéis reais do Exército, mas o personagem poderia muito bem ter passado sem o bigode para dar ar de seriedade, artifício fora de moda e completamente desnecessário para a caracterização. Pode-se dizer que não é Nunes quem deve morrer, mas sim seu bigode.

Áurea (Suzana Faini)

Típica mãezona superprotetora, Dona Áurea (Suzana Faini) deve morrer por ter colocado Theo (Rodrigo Lombardi) no mundo e, pior, ter transformado o filho em um bebê chorão incapaz de tomar decisões como adulto. Além disso, Áurea é preconceituosa e não gosta de Morena (Nanda Costa), o par romântico de Theo na novela, porque a moça é moradora do Complexo do alemão. A personagem foi criada por Gloria Perez justamente para representar o preconceito contra meninas que moram em favelas, mas em vez de levar à reflexão, dona Áurea inspirou tédio por ser tão estereotipada.


Haroldo (Otaviano Costa)

Marido na vida real de Flavia Alessandra, a veterinária Érica, Otaviano Costa poderia ter ficado de fora da cota de atores que entraram em Salve Jorge simplesmente por ser parente ou amigo de alguém pertencente ao núcleo central. O advogado Haroldo só foi relevante no início da novela, quando namorava Lívia (Claudia Raia) e foi baleado na Turquia enquanto investigava o tráfico internacional de pessoas. Depois, ele simplesmente se tornou irrelevante. 

Irina (Vera Fischer)

A pobre Vera Fischer não tem culpa da personagem tão rasa que lhe deram para representar. A atriz até reclamou publicamente sobre a quase insignificância de Irina na trama. O fato de a gerente da boate em Istambul aparecer sempre sentada atrás do balcão virou piada na internet -- há quem atribua a particularidade à estratégia da emissora para disfarçar o sobrepeso da atriz, que passou por um tratamento para vencer o vício em drogas há mais de um ano. Por tudo isso, Irina deveria sofrer uma trombose no último capítulo depois de passar tanto tempo na mesma posição.



Narjara Turetta e André Gonçalves

  O simpático malandro que ganha a vida como guia de turismo do Alemão Miro (André Gonçalves) não, necessariamente, merece morrer. Sumido da trama desde o Carnaval, ele já pode até estar morto, ou melhor, assassinado discretamente pela autora, e ninguém se deu conta.

 a atriz, que dá vida à personagem Buquê, que trabalha no Grand Bazar, reclamou que não aparece na trama há quase um mês. A última aparição da loira nas telinhas foi no dia 25 de março. Outro ator que não está nada contente com o seu sumiço é André Gonçalves, que interpreta o personagem Miro. O ator, que era um “leva e traz” no Alemão foi substituído por Mussunzinho e sumiu da trama desde o carnaval.





DEMIR Tiago Abravanel- sem  comentario teria de ter morrido no segundo capitulo.




'Esse Cara Sou Eu'

A música de Roberto Carlos merece a sepultura por ter sido usada mais do que deveria na trilha sonora da novela. O eu romântico da canção, que faz tudo pela mulher amada, deveria resumir o papel do mocinho Theo (Rodrigo Lombardi) na trama, mas a ideia ficou só na teoria, já que o amado de Morena (Nanda Costa) provocou mais risadas do que suspiros na plateia feminina.



Nenhum comentário:

Postar um comentário